Freguesia inserida nos limites do concelho de Vinhais, encontra-se dividida em três localidades distintas: Lagarelhos, Zido e Vilar-de-Ossos, harmoniosamente dispostas nos cerca de 16,35 quilómetros quadrados que compõem a sua área. O território em si está circunscrito às freguesias de Tuizelo, Travanca, Sobreiró de Baixo e Vinhais, sede concelhia.
Vilar de Ossos, freguesia inserida nos limites do concelho de Vinhais, encontra-se dividida em três localidades distintas: Lagarelhos, Zido e Vilar-de-Ossos, harmoniosamente dispostas nos cerca de 16,35 quilómetros quadrados que compõem a sua área. O território em si está circunscrito às freguesias de Tuizelo, Travanca, Sobreiró de Baixo e Vinhais, sede concelhia.
No século XI da era cristã, período em que teve a sua origem, Vilar de Ossos estava na posse do rei de Leão. Um documento do século XII, precisamente, não cita qualquer autoridade portuguesa, o que leva a supor que esta estaria sob o jugo castelhano. Tratava-se este de um testamento onde constavam os bens legados, nesta freguesia, a D. Martinho. O território foi, mais tarde, doado, por Fernando Godiniz, ao mosteiro de São Martinho da Castanheira, permanecendo, assim, nas mãos dos leoneses.
POPULAÇÃO
A situação de Vilar de Ossos, em termos de população residente, é análoga à das freguesias limítrofes. O número de pessoas com menos de 15 anos é claramente inferior ao número de pessoas com idade superior a 65 anos, cerca de 30 por cento, com a agravante da população activa se cifrar nos cerca de 40 por cento. Isto significa que, num curto espaço de tempo, esta população poderá vir a engrossar o número dos mais idosos, já por si, bastante elevado.
A comunidade de Vilar de Ossos vive essencialmente da agricultura, apicultura e da pecuária, embora, quer uma, quer outra, estejam destinadas ao auto-consumo, e apenas uma pequena fatia reservada à venda ao público. Abundam os pequenos e médios proprietários, e só pontualmente se encontra um ou outro latifundiário. A posse da terra é considerada, numa perspectiva sócio-económica, como um bem que garante, para além do sustento familiar, um certo prestígio.
DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO
A comunidade de Vilar de Ossos vive essencialmente da agricultura, apicultura e da pecuária, embora, quer uma, quer outra, estejam destinadas ao auto-consumo, e apenas uma pequena fatia reservada à venda ao público. Abundam os pequenos e médios proprietários, e só pontualmente se encontra um ou outro latifundiário. A posse da terra é considerada, numa perspectiva sócio-económica, como um bem que garante, para além do sustento familiar, um certo prestígio.
O clima é propício à cultura da batata, do centeio e da castanha. Os castanheiros também têm um papel fundamental nesta sociedade agro-pastoril, uma vez que são considerados como uma das principais riquezas da região, não só pela venda dos seus frutos, mas também pelo aproveitamento da madeira nas indústrias de construção civil, serração de madeiras e na carpintaria mecânica aqui sediada.
A proximidade com a freguesia de Vinhais serviu, contrariamente ao que seria de esperar, como factor negativo no que respeita à sua evolução económica. O fenómeno de dependência que se criou entre esta localidade e a sede concelhia jogou contra a própria freguesia. Isto porque a maioria dos serviços que os habitantes necessitam se concentra na zona limítrofe, enquanto ao nível comercial se resume a uma loja de bebidas, a empresas de construção civil e a um mini-mercado.
Um pouco por todo o país a baixa de natalidade começa a proferir a sentença das escolas primárias, sobretudo do interior. Existem aldeias onde estes estabelecimentos de ensino são frequentados, somente, por um aluno. Vilar de Ossos não está muito afastada deste panorama, dado que a média de alunos das três escolas de freguesia, uma em cada uma das localidades, é de apenas 6 alunos.
Solar dos Condes de Vilar de Ossos
Aqui habitou, no início do século XIX, o general Pinto Bacelar, militar de grande valor. Evidenciou-se pela sua bravura, ao defender estrategicamente a linha Beira Duriense na 2ª e 3ª invasões napoleónicas. O arquivo da casa tem ainda guardados manuscritos alusivos a esta temática. Entre eles encontra-se o diário do coronel Trant, avesso à política napoleónica.Ao lado do solar, brasonado, subsiste uma capela que dá acesso à Igreja Paroquial.
Igreja Paroquial
Este templo do estilo joanino, sob a protecção de São Cipriano, mantém a talha e o soalho originais. Este último é todo ele em tábuas de castanheiro, denotando-se as divisões funerárias existentes.
(Textos fornecidos pela Junta de Freguesia de Vilar de Ossos)
HISTÓRIA
As opiniões sobre a origem do topónimo dividem-se, embora a mais credível seja a apresentada por Almeida Fernandes, uma das grandes autoridades portuguesas em questões de toponímia e etimologia. Segundo este estudioso, a palavra ossos está relacionada com a forma arcaica “osso”, sinónimo de “usso” (do latim ursu). Durante o período de estabelecimento de “villar” (século IX — X), esta forma era frequentemente utilizada para designar um local selvagem povoado por ursos.
Mas, este autor expõe outras teses relativas à toponímica da freguesia. Assim, na sua perspectiva, Zido alude ao antigo nome Uzido, cuja origem e sentido permanecem uma incógnita. Laragelhos, por seu turno, possui um diminutivo medieval, o sufixo “elho”, estando associado, este nome, a esculturas rupestres, a locais destinados à trituração de frutos ou a altares pagãos. Este termo mantém também uma forte ligação com a existência, naquele lugar, de lagares romanos.
O orago desta freguesia é São Cipriano. Thascius Cecilianus Cyprianus nasceu em África, por volta do ano de 200. Apesar de ter sido professor, foi como advogado que se evidenciou, essencialmente pelo modo eloquente como defendia os seus pontos de vista nos tribunais. É ainda na condição de advogado que Caecilius, um velho sacerdote, o converte ao cristianismo, tornando-se num renomeado especialista em textos bíblicos.
Em 248, tornou-se bispo de Cartago, mas pouco tempo depois viu-se obrigado a escapar da perseguição de que estavam a ser alvos os cristãos radicados neste país. Alguns decidiram mesmo renunciar à sua fé para se salvarem, embora Novatus, um eclesiástico cartaginense, tivesse apresentado uma grande dificuldade à renúncia dos “lapsis”, nome pelo qual estes eram conhecidos.
Cipriano ainda conseguiu reunir um concílio em Cartago, em 251, e nele apresentou o seu grande trabalho: "De Catholicae Ecclesiase Unitate". No ano seguinte, a cidade foi atingida por uma praga. Não obstante a ajuda que prestaram às vítimas da epidemia, os cristãos passaram a ser odiados pela população. Para os consolar, escreveu a obra “De Mortalite”.
Apresentou-se, pouco depois, como um dos grandes opositores à política de baptismo do papa Esteves, ao qual escreveu uma carta onde expôs a necessidade de rebaptizar os cristãos. Entretanto, surge a público um decreto imperial, assinado pelo Imperador Valeriano (253—260), que proíbe os cristãos de se reunirem e prestarem os seus cultos.
Na sequência deste ofício, é preso e obrigado a participar nas cerimónias religiosas pagãs realizadas pelo Estado. Tendo-se recusado terminantemente a assistir a tais cultos, é exilado numa cidade, a 75 quilómetros de Cartago. Em 258, é julgado por Calerius Máximo, o procônsul que ordenou a sua decapitação para o dia 14 de Setembro. O livro “Actos do Martírio" descreve, com bastantes detalhes, a explanação da sentença.
São Cipriano teve um papel relevante na Igreja Católica Ocidental, tendo sido um dos pioneiros da literatura latino-cristã. As suas obras são detentoras de um invulgar zelo pastoral, exposto em inteligentes decisões. Entre os mais importantes tratados que redigiu encontram-se: "De Catholicae Ecclesiase Unitate", "De Lapsis" e "Ad Quirinam", uma compilação de textos bíblicos. Obras que fizeram dele um vulto da religião católica. Um homem que tinha como máxima:
"Não podes ter Deus como teu pai se não tiveres a Igreja como tua mãe."
(Textos fornecidos pela Junta de Freguesia de Vilar de Ossos)
TRADIÇÕES
A crendice popular baseia-se em fenómenos ligados ao absurdo e, muitas vezes, ao ridículo. O facto é que a maioria das pessoas tem um lado supersticioso, e por muito ilógicas ou contraditórias que possam parecer certas crenças é a elas que recorrem em momentos de aflição. Por exemplo, nesta freguesia, os mais velhos acreditavam existir uma inflamação, provocada pelos sapos, salamandras e aranhas, a que chamavam “coxo”. Para a curar recorriam, não aos métodos convencionais, mas a uma reza que passamos a transcrever:
Oração para o “Coxo”
“Zare, zare. Vai-te daqui sapo, sapinho lagarto, lagartinho, salamandrinha, cobra, cobrinha. Fogo quente e fogo ardente e fogo de Montesinho e salteador de caminho, eu te benzo (com uma bola de gordura untada na cinza faz-se o sinal da cruz no local da ferida): que não cresças, que não juntes o rabo com a cabeça, que venhas a bem e a amor como as chagas de Nosso Senhor.
Em louvor da Virgem Maria, um Pai Nosso e uma Avé Maria. (esta reza pode ser proferida três ou cinco vezes)”.
Os fiéis colocavam junto aos altares, nos dias de festa, como que uma súplica aos céus, dádivas votivas, que esperavam um dia poder conduzi-los ao céu. Os tempos mudaram, as pessoas também, a fé esmoreceu, mas as festividades continuam a marcar presença em vários pontos do nosso país, nomeadamente em Vilar de Ossos. Durante a época estival ocorrem diversas festas, distribuídas pelas três povoações da freguesia.
Em Lagarelhos, no dia 29 de Junho, realiza-se a Festa em honra de São Pedro, e, no dia 5 de Agosto, decorre uma festa dedicada à padroeira da capela da Senhora das Neves. Em Zido, por seu lado, festeja-se o São Tiago, no dia 25 de Julho. Em Vilar de Ossos celebra-se o culto ao Divino Senhor dos Campos e, todos os anos, ocorre, sem data definida, a procissão do Sagrado Coração de Jesus.
A simplicidade ditava a moda das regiões rurais. O importante, nos tempos antigos, era possuir trajes que protegessem do frio, durante o Inverno, e isolassem o calor, no Verão. Além disso, eram geralmente as mulheres que se encarregavam da confecção das suas próprias roupas e, mesmo antes disso, da produção de alguns dos materiais.
Este costume manteve-se, em Vilar de Ossos, durante um longo período. Aqui, as donas de casa utilizavam o linho, a lã e o pardo para fazerem, por exemplo, calças. Tinham ainda a vantagem de produzir algodão, o que facilitava a realização de peças de adorno, nomeadamente toalhas de renda. Actualmente isto não acontece e a população veste-se de acordo com as tendências actuais.
Nas manifestações culturais o povo demonstra a sua verdadeira essência. Expressões populares feitas de momentos, momentos em que o povo fala lealmente de si. Instantes feitos de notas, letras musicais, gestos, passos. É a alma que se revela nas danças e cantares dos grupos folclóricos.
Também existiu, na década de 80, em Lagarelhos, um rancho folclórico que actuava, geralmente, nos dias de romaria, de Natal e no dia de Reis, a 6 de Janeiro. Realizava, paralelamente às actuações na freguesia, espectáculos nas aldeias vizinhas. Infelizmente, este grupo já não existe, tendo deixado como legado uma das músicas que se cantam, ainda hoje, por altura dos reis:
Cântico dos Reis
Ainda agora aqui cheguei
Pus o pé na sua escada
Já o meu coração disse
Aqui mora gente honrada.
Vimos-lhe cantar os reis
Mas não é pelo dinheiro
É só para lhe provar
O seu rico fumeiro.
Despedida, despedida
Assim fez a cerejeira ao ramo
Boas noites meus senhores
Adeus, até pró ano.
O facto de contemplarem situações bastante diferenciadas fazia dos jogos tradicionais uma excelente componente lúdico-recreativa, não se reportando apenas à infância. Os adultos também apreciavam um bom jogo, especialmente nos dias de festa. Mas, as crianças cresceram, os homens foram envelhecendo e com eles a prática destes jogos, até desaparecer por completo, como aconteceu em Vilar de Ossos com os jogos que se seguem:
Jogo dos Paus
Dentro de uma área previamente demarcada colocavam-se nove paus cilíndricos, em pé, sobre uma pedra com cerca de um metro quadrado. A uma distância aproximada de quatro metros, dispunham uma marca a que se convencionou chamar “mão”, em cima da qual se colocavam os jogadores, e a cerca de oito metros desenhava-se uma linha, isto é, a raia.
Com uma bola oval de madeira, preferencialmente um chardão, de mais ou menos dois quilos, os jogadores tinham de tentar fazer passar quatro dos nove paus para lá da raia. Ganhava o jogador que conseguisse atingir este objectivo, uma vez que cada pau valia então dez pontos. Mas, esta situação contemplava apenas as bolas que se aproximassem ou atravessassem a raia. Caso a bola não se acercasse era designada “sanca” e o jogo era atribuído ao adversário.
Jogo da Relha
Aquilo a que commumente se designava de raia servia de marca, atrás da qual se colocavam todos os jogadores. Depois, um de cada vez tentava atirar a relha, isto é, o ferro do arado das vacas, por entre as pernas. O participante que conseguisse lançar a relha o mais longe possível ganhava a partida.
Jogo do Ferro
Este jogo é bastante semelhante ao jogo da relha, a única diferença residia no objecto utilizado como arremesso. Para tal, utilizava-se um ferro, designado como ferro de alavanca, com aproximadamente 1,50 metros de comprimento, que devia ficar, depois de atirado, espetado no chão e inclinado para a frente, de outra forma o ponto não era válido. O vencedor era o jogador que atirava o ferro a uma maior distância.
Jogo do Fito
Este jogo podia ser jogado por duas ou mais pessoas, num total de seis jogadores, formando equipas com um máximo de dois elementos. Para dar início a uma partida deviam colocar-se no chão dois mecos, denominados como "vinte", um de cada lado do campo, a uma distância aproximada de cinquenta metros. A este local se designou chamar malhão. Ganhava a primeira equipa a atingir os trinta pontos.
Antes de dar início ao jogo, cada participante tinha de arranjar uma pedra lisa, grossa ou arredondada para, deste modo, conseguir deitar o vinte abaixo. Os jogadores colocavam-se junto a um dos vintes, atirando a pedra para derrubar o meco que se encontrava no lado oposto. O primeiro elemento da equipa a conseguir deitar o vinte ao chão ganhava seis pontos, obtendo mais três pontos caso a pedra ficasse mais perto do vinte.
Artesanato
O artesão traduz na sua obra, de uma forma particular e única, e por vezes com uma espontaneidade ingénua, as suas memórias e crenças. Na década de 60, em Vilar de Ossos, as mulheres eram também elas transmissoras de lembranças, tendo cultivado a produção de colchas de rendas e trabalhos em lã. Aquelas que possuíam teares fabricavam os cobertores e as colchas que lhes permitiriam fazer face ao rigoroso frio do Inverno, e ainda cobertores. E, embora isso já não se registe nos dias de hoje, uma parte da produção, naquela época, era destinada à venda.
Para além de lhes roubar as mãos meigas e delicadas da infância, a vida no campo privava as crianças de ser aquilo que elas eram, ou seja, crianças. O tempo de que dispunham passavam-no a trabalhar ou, muito raramente, a brincar com o que tinham, muitas vezes com brinquedos construídos pelos pais, como acontecia em Vilar de Ossos. As bonecas de trapos e os carrinhos de madeira faziam as delícias dos mais novos. Já crescidos, e pondo em prática o que os seus olhos de “quem quer apanhar o mundo” tinham captado, faziam os seus próprios brinquedos.
(Textos fornecidos pela Junta de Freguesia de Vilar de Ossos)
Padroeiro: S. Cipriano;
População: 330 habitantes;
Eleitores: 358;
Área: 16,35 Km2;
Actividades Económicas: Agricultura, apicultura, pecuária, pequenas empresas de construção civil, café e mini-mercado, serralharia de pequena dimensão;
Gastronomia: Fumeiro, leitão e cordeiro assados, javali, bolos, pudim, folar da Páscoa, presunto, arroz-doce e pão de ló;
Artesanato: Rendas e Bordados – Luzia Pereira (Lagarelhos);
Festas e Romarias: Festa de S. Pedro (29 de Junho - Lagarelhos), Festa de N.ª Sr.ª das Neves (5 de Agosto - Lagarelhos), Festa de S. Tiago (25 de Julho – Zido), Festa do Divino Senhor dos Campos (3º Domingo de Agosto – Vilar-de-Ossos);
Fauna: Cegonha, javali, lebre, raposa, texugo, vaca mirandesa, vaca leiteira;
Flora: Castanheiro, pinheiro, nogueira e carvalho;
Ecologia: Serra da Coroa;
Cursos de Água: Ribeira de Lagarelhos, ribeira de Covelo (Vilar-de-Ossos) e ribeira entre Zido e Vilar-de-Ossos;
Anexas: Lagarelhos e Zido.
GASTRONOMIA
Existe um manancial de livros dedicados à arte de bem cozinhar e, claro está, à arte de bem comer, porque, afinal, são ambas indissociáveis. Mas há também aqueles autores, figuras proeminentes da literatura portuguesa, que não se furtaram a comentários relativos à gastronomia ou alimentação de uma ou outra região portuguesa. Se viessem a Vilar de Ossos certamente que não se esqueceriam de referir a miríade de pratos à base de enchidos, o típico leitão, o cordeiro assado e o imperdível javali.
A maioria destas especialidades é cozinhada nas casas dos habitantes da freguesia, que possuem, normalmente, um forno tradicional onde assam as carnes. Ao lado deste é frequente encontrar, após a matança do porco, os diversos tipos de enchidos a defumar. Uma mais valia destes pratos reside no facto de todos eles serem confeccionados com a carne dos animais criados na freguesia, o que garante, já numa primeira fase, a qualidade dos ingredientes utilizados e, consequentemente, dos pratos, de que fica aqui uma simples mostra:
Javali
(10 pessoas)
3 kg de javali, ¾ de vinho branco, 1 cerveja, 2 tomates, Louro, Alho, Cebola, Salsa, Sal, Rosmaninho, Azeite, Óleo
Preparação:
Corta-se o javali em pedaços e coloca-se a marinar em vinho branco durante um período aproximado de 24 horas. Após este tempo, coloca-se uma panela ao lume com um pouco de azeite e óleo. Quando estes estão bem quentes introduz-se o javali e vai-se regando com o resto da marinada e a cerveja, até alourar. Depois, acrescentam-se os tomates e os restantes ingredientes, e deixa-se cozer, em lume brando e com a panela tapada, entre 45 minutos a 1 hora.
Cordeiro assado
Ingredientes:
700 gr de carne de cordeiro em cubinhos, 4 colheres de sopa de azeite, 1 cebola pequena fatiada, ¾ colher de chá de cominhos em grãos, ½ colher de chá de paprica picante, ½ colher de chá de canela em pó, 2 colheres de chá de raspa da casca do limão, 1 ½ colher de chá de farinha de trigo, 1 ½ chávena de chá de caldo de carne, 1/3 chávena de chá de azeitonas verdes sem caroço, 1 colher de sopa de mel, ½ chávena de chá de grão de bico cozido, 2 colheres de sopa de coentro fresco.
Preparação:
Coloca-se o grão de bico numa panela e cobre-se com água. Leva-se a cozer em lume forte por aproximadamente 50 minutos ou até ficar macio, acautelando para que este não se desmanche. Uma vez pronto, escorre-se a água e reserva-se o grão de bico. Mas, enquanto o feijão vai cozendo pode começar a cortar-se o cordeiro em cubinhos, colocando a carne num recipiente, depois de devidamente temperada com sal e pimenta do reino.
De seguida, fatiam-se as azeitonas em pedaços, descasca-se a cebola e corta-se em fatias bem finas. Lava-se o coentro e pica-se com uma faca bem afiada. Entretanto, coloca-se uma panela no forno com um pouco de azeite e deixa-se aquecer. Junta-se a carne e deixa-se fritar. Quando esta está dourada, retira-se com uma escumadeira e coloca-se numa travessa.
Ao azeite que está na panela acrescenta-se mais uma porção de azeite e uma de carne, repetindo a operação realizada anteriormente. Não se deve colocar a carne de uma só vez pois pode soltar muito líquido e ficar dura e esbranquiçada. Depois de se ter cozido toda a carne, coloca-se uma cebola a refogar durante cerca de dois minutos ou até esta ficar transparente. Acrescenta-se a farinha e mexe-se por dois minutos.
Põe-se a carne novamente na panela e acrescentam-se os cominhos, a paprica, a canela, as raspas de limão e o caldo de carne, misturando tudo muito bem com uma colher de pau. Depois, juntam-se as azeitonas verdes e o mel, deixando a cozinhar durante dez minutos, aproximadamente. No final da cozedura adiciona-se o grão de bico, o coentro e rectificam-se os temperos. Coloca-se numa travessa, podendo ser acompanhado com lâminas de amêndoas e uvas-passa.
Mas nem só a carne faz as delícias da gastronomia desta freguesia, os ovos, provenientes das galinhas aqui criadas, são a génese de uma irresistível doçaria. Uma boa parte destes doces é preparado, no geral, em épocas festivas, como o Natal, a Páscoa, embora alguns deles, entenda-se o arroz-doce e o pão-de-ló, possam ser degustados o ano inteiro. Entre os mais “selectivos” destacam-se:
Bolo de Noz
Ingredientes:
400 gr de farinha, 500 gr de açúcar, 300 gr de miolo de nozes, 1 colher de café de fermento, 1 cálice de Vinho do Porto, 1 dúzia de ovos
Preparação:
Separam-se os ovos. À parte, batem-se as gemas com o açúcar, mistura à qual se acrescentam as nozes moídas e o vinho. Por fim, envolve-se a farinha no preparado, já com o fermento, assim como as claras batidas em castelo. Leva-se ao forno numa forma untada com manteiga e polvilhada com farinha. Para ficar bem cozido deve-se deixar a cozer de 30 a 40 minutos.
Folar da Páscoa
Ingredientes:
80 gr de açúcar, 1 colher de sopa de brandy, 0,5 gr de canela, 250 gr de farinha, 20 gr de fermento de padeiro, 1 gema, Raspas de uma laranja, Leite, Margarina, 4 ovos
Preparação:
Amassa-se o fermento com um pouco de farinha e leite morno. Coloca-se de lado a levedar enquanto se mistura o resto da farinha com dois ovos e os outros ingredientes. Depois de bem misturado junta-se a massa ao fermento, amassa-se tudo e deixa-se levedar. Quando a massa está fermentada tira-se um pouco para fazer as tiras que se irão colocar sobre os ovos. Tende-se a massa em formato redondo, colocando, em cima, os restantes ovos, cozidos com uma casca de cebola, e segurando com as tiras de massa. Pincela-se o folar com gema de ovo e leva-se ao forno a 200ºC, durante mais ou menos uma hora.
Pudim de Ovos
Ingredientes:
12 gemas, 6 claras, 450 gr de açúcar, 1 colher de sopa de manteiga, Manteiga
Preparação:
Misturam-se todos os ingredientes, batem-se bem e levam-se ao forno a cozer em banho maria, numa forma untada com manteiga. De modo a ficar com um aroma ainda mais agradável pode-se perfumar com qualquer essência.
A sociedade portuguesa está profundamente ligada à produção e desenvolvimento da vinha. E, apesar dos grandes produtores terem tomado conta do mercado vinícola, resistem ainda alguns agricultores, em vilas como Vilar de Ossos, que dedicam uma parte do seu trabalho diário ao tratamento e poda das vinhas. Um trabalho que só termina após a apanha e o pisar das uvas no lagar. Depois é só aguardar pelo tempo de fermentação. Um vinho cuja produção serve, essencialmente, os habitantes da própria freguesia.
(Textos fornecidos pela Junta de Freguesia de Vilar de Ossos)
Junta de Freguesia
Presidente - 2022
Secretário – 2022
Tesoureiro – J2022
Assembleia de Freguesia
Presidente - 2022
1ª Secretária - 2022
2ª Secretá4ria - 2022
Vogais
2022
2022
2022
2022
Junta de Freguesia de Vilar de Ossos, 5320 - 243 Vinhais
Telefone: 273 772 543
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